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O conteúdo presente neste blog, não pretende de forma alguma substituir o tratamento médico. É meramente de consulta e informação. Se lhe surgir algum sintoma que considere relevante, consulte imediatamente o médico

Linhaça










 LINHAÇA




 







NOME EM LATIM: Linum usitatissimum L.

FAMÍLIA: Lináceas

OUTROS NOMES: Linho-da-terra, linho-do-inverno, linho-galego, linho-mourisco

HABITAT: Originário do Próximo Oriente, mas cultivado em numerosos países de clima temperado da Europa e da América.

DESCRIÇÃO: Planta herbácea de 40 a 80 cm de altura. O seu caule é erecto e as folhas são alongadas e estreitas. As flores são de cor azul clara, com 5 pétalas. O fruto é uma cápsula globulosa, com 10 sementes de cor castanha.

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS: Há 4000 anos que se cultiva o linho nos países mediterrâneos para obter fibra têxtil, e há mais de 2500 anos que se utiliza como medicamento. Hipócrates já o recomendava como emoliente no século V a.C.
PROPRIEDADES E INDICAÇÕES: As sementes contêm uma grande quantidade de mucilagem e pectina, que lhe conferem propriedades emolientes e laxantes, além de sais minerais e lípidos de elevado valor biológico (ácidos gordos essenciais insaturados). São estas as suas indicações e aplicações:
- Prisão de ventre crónica: Lubrifica o tubo digestivo, tornando as fezes mais moles. Além disso regenera a flora intestinal, regulando os processos de putrefacção e fermentação (1,2,3). O seu efeito torna-se muito evidente, pois no caso de desarranjo intestinal as fezes perdem o seu cheiro pútrido.
- Gastrite, duodenite e úlcera gastroduodenal: Apresenta uma acção anti-inflamatória e emoliente que favorece a regeneração da mucosa digestiva danificada. Recomenda-se tomar as sementes de linho como complemento, associadas ao tratamento específico destes processos patológicos.
- Inflamações das vias respiratórias e das urinárias: Bronquites e cistites, particularmente, pelo seu efeito emoliente e suavizante sobre as mucosas (1,2,3).
As SEMENTES de linho (linhaça) podem usar-se como alimento. São especialmente recomendáveis para os diabéticos, pela sua escassa percentagem de glícidos e o seu elevado conteúdo em proteínas e lípidos (gorduras). Devem ser consumidas pelas pessoas que sofram de desnutrição ou queiram engordar (3).
As cataplasmas de FARINHA de linhaça aplicam-se sempre que se requeira calor constante: catarros e bronquite, dores menstruais, cólicas do abdómen (renais ou biliares), espasmos intestinais, picadas de insectos, abcessos e furúnculos (4). Têm uma acção resolutiva, antiespasmódica, sedativa e anti-inflamatória, além de manterem o calor durante muito tempo.
O ÓLEO de linhaça utiliza-se como suavizante da pele no caso de eczemas, pele ressequida, queimaduras leves e dermatoses em geral (5).
PARTES UTILIZADAS: A linhaça (sementes do linho).


USO INTERNO
1 Decocção durante 5 minutos de 30 g de sementes por litro de água. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, adoçadas com mel caso se deseje.
2 Maceração: Deixa-se em repouso durante 12 horas uma colherada de sementes por cada copo de água. Tomar 2 ou 3 copos diários do líquido resultante.
3 Sementes: Também se podem ingerir as sementes inteiras, mastigando-as (uma colherada de 12 em 12 horas).
USO EXTERNO
4 Cataplasmas: As sementes de linho trituradas (farinha de linhaça) acrescentam-se à água a ferver até se obter uma papa espessa. Normalmente são precisos de 30 a 40 g por litro de água. Quando se aplica a cataplasma convém proteger a pele com um pano fino para evitar que se produzam queimaduras.
5 Loções com óleo de linhaça: Aplicam-se directamente sobre a zona da pele afectada.


* Extraído do livro A Saúde pelas Plantas Medicinais, editado pela Publicadora Atlântico, S.A.
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